sábado, 25 de dezembro de 2010

GLOSSO-O-QUÊ?

Calvin & Hobbes
GLOSSOPOESE! A charge acima ilustra de forma jocosa o que esta envolve, um termo técnico que designa em português o que tem sido mais comumente chamado de CONLANGING, uma palavra inglesa que significa construção de línguas (conlang - constructed language). A versão no vernáculo deriva do grego glôssa, língua, e poíesis, portanto, "criação de línguas". O original deste termo foi cunhado pelo famoso J.R.R. Tolkien, que, aliás, é bem conhecido por sua obra O Senhor dos Anéis, repleta de idiomas artificiais.

A ideia de criar uma língua não é nova. Segundo Umberto Eco (1996), o relato mais antigo de que se tem notícia data do ano 1200 d.C. Hoje há milhares de glossopeias no mundo inteiro que podem ser encontradas em vário sítios da internet. No Brasil, a produção de idiomas artificiais também tem crescido. Eu mesmo criei uma glossopeia, o Fúrsio (posteriormente postarei informações sobre ela). No livro GLOSSOPOESE - O COMPLEXO E DESCONHECIDO MUNDO DAS LÍNGUAS ARTIFICIAIS, tomei o cuidado de explicar como a fiz, que critérios e métodos levei em conta.

Infelizmente, muitos têm a tendência desorientada de associar glossopoese sempre com produção de línguas auxiliares internacionais - idiomas artificiais criados para a comunicação global assim como o conhecido Esperanto do post anterior e outros não tão famosos como o Volapuque. No entanto, muitas centenas de glossopoetas criam sua línguas pelos mais diversos motivos e objetivos.

A propósito, se estiver se perguntando o que é o desenho na capa, trata-se do quadro "De Torne vun Babel" do artista maranhense Maurício Evangelista Torres, uma representação da torre zigurate de Babel do texto bíblico de Gênesis 11:1-9, que se tornou um símbolo para os criadores de línguas, por causa do relato sobre a instantânea  proliferação dos idiomas humanos, o que por sinal, bem representa o movimento.

Se você estuda linguística, deseja saber como nascem as línguas, como são classificadas, as relações entre elas, como se constroem idiomas artificiais, com que objetivos, se deseja entender a presença constante da glossopoese no cinema e na literatura, ou simplesmente ama línguas e lê tudo sobre elas, esse será um ótimo objeto de estudo, um livro que é ao mesmo tempo técnico, atraente e acessível. Diferentemente de seus precursores, não trata apenas dos movimentos interlinguísticos ou de um relatório meramente histórico, mas guia de forma científica os interessados em seguir o movimento ou satisfaz a curiosidade daqueles que buscam compreendê-lo e dele saber algo.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

UM MUNDO COMPLEXO E DESCONHECIDO QUE PODE IR PARAR NAS ESCOLAS


Senador Cristovam Buarque (PDT-DF),
autor do projeto

APESAR de complexo e desconhecido para a maioria das pessoas, o mundo das línguas artificiais pode acabar parando nas escolas. Pelo menos é o que diz o Projeto de Lei do Senado Federal (PLS) 27/08, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que foi aprovado em decisão terminativa, pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes (CE), que propõe que a glossopeia esperantista seja ofertada como disciplina optativa nas escolas brasileiras.

Segundo o projeto, cujo relator fora o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), a oferta da disciplina só será obrigatória caso haja demanda que a justifique. Em seu voto favorável, o relator observou que a universalização do conhecimento do esperanto "pode representar um fomento à paz entre as nações". O texto do projeto passará agora pela Câmara.
Bandeira do Esperanto
Trata-se de uma decisão histórica a favor do uso e divulgação do idioma internacional Esperanto. A UNESCO/ONU por duas vezes, em 1954 e confirmada em 1985, solicitou aos seus estados-membros que divulgassem e ensinassem o Esperanto em suas escolas, como veículo de melhoria da compreensão entre as nações, como um meio pacífico de os povos se relacionarem.

A obra GLOSSOPOESE - O COMPLEXO E DESCONHECIDO MUNDO DAS LÍNGUAS ARTIFICIAIS também aborda este tema - inclusão de línguas artificias auxiliares internacionais como o Esperanto e várias outras, sua filosofia, história e relevância. O tema é amplo e merece uma consideração adequada. Você está convidado a descobrir este mundo e participar desta discussão. Acesse o sítio da editor (http://www.biblioteca24x7.com.br/), busque pela categoria linguística e boa leitura!

fonte: Revista Época Online (15/09/2009); http://www.esperanto.org.br

sábado, 4 de dezembro de 2010

DIVULGAÇÃO NO X SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA UESPI

Palestra: Breve Introdução à Pesquisa da Glossopoese
UESPI

Início da palestra
O X Simpósio de Produção Científica e o IX Seminário de Iniciação Científica da UESPI foram encerrados nesta sexta-feira, três de dezembro, no laboratório de artes do campus Torquato Neto em Teresina. Com o tema "Os desafios da pesquisa no Piauí", o evento contou com a participação de autoridades na produção de conhecimento no estado. Com apresentações orais, painéis, minicursos, palestras, mesas redondas, contemplando campos diversos da ciência - desde áreas da saúde às humanidades - o evento forneceu um fomento inequívoco à produção acadêmica local.
No clímax do simpósio, o lançamento e a divulgação de livros tais como: "Educação e Diversidades Culturais" das professoras Ana Célia de Sousa Santos (UESPI) e Maria do Carmo Alves do Bonfim (UFPI); "Semiárido Piauiense: Educação e Contexto", dos professores do curso de Especialização em Educação Contextualizada; e, naturalmente, minha obra "Glossopoese - O Complexo e Desconhecido Mundo das Línguas Artificiais".
Autografando livros
A palestra abordou superficialmente, resguardando as surpresas do livro, os fundamentos da glossopoese, sua teorização, suas aplicações e ocorrências mais destacadas, como na literatura britânica clássica e no cinema americano de ficção científica, assim como a estruturação da obra.
Apesar de pouco destacado no Brasil, a linha de pesquisa glossopeica foi bem acolhida pelos na assistência, que fizeram suas perguntas e manipularam curiosos a obra ao final da palestra.
No encerramento, o magnífico reitor, Professor Carlos Alberto Pereira da Silva, presente desde o início das apresentações, foi também convidado a partilhar suas impressões. Vale ressaltar que o tema Glossopoese foi lembrado repetidas vezes em sua fala.
Como sempre, é muito bom levar ao conhecimento da comunidade acadêmica este tema provocante e desafiador. Não se esqueça de adquirir o seu exemplar para também expandir seus horizontes linguísticos de forma instigante.
Deixem seus comentários, responderei a todos conforme o tempo me for permitindo.
Aguardem, mais palestras vêm aí!
O magnífico reitor e seu exemplar do livro
à mesa de honra durante a segunda palestra

Cocktail após os lançamentos